Dessa vez não.
-Espere tenho algo para falar com você.
O tempo passa devagar, por que não é fácil falar o que o outro não espera ouvir. Talvez por alguma razão seja melhor assim, não ouvir. O medo é grande, e a espera pela fala é ansiosa.
-Então diga!
Na cabeça todos os pensamentos vem, e começar a dizer é o mais difícil, então não diga, não diga agora. escreva. pois com a escrita você pode apagar. então escrevo.
Abre a porta agora, você está vendo como estou?
Eu te espero todas às vezes que abro a porta, eu te vejo. você está sorrindo e o meu coração dispara, eu te abraço e você me abraça, eu me encaixo em você. Daí ficamos assim por algum tempo, calados. Compartilho a minha angustia, me concentro só na sua respiração. A porta ainda está aberta e eu não te convido para entrar, ainda não.
Eu sinto saudade do seu cheiro, ele me provoca por que me sinto confortável quando sinto você, eu ainda quero você.
mas por algum momento não tenho a certeza se dessa vez é você (que está atrás da porta). Não, não é você, mas poderia ser...meu jeito mudou, e você não está mais em tudo, e tudo para mim é tudo. O tudo pra mim é você.
Agora eu vou reabrir a porta, não vejo você, e nem tento,
Dessa vez não.
domingo, 20 de dezembro de 2009
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