domingo, 9 de agosto de 2009



Ganhei e aprendi a andar de bicicleta (sem rodinhas) com ele, lembro da paciência em ficar a tarde inteira, entre tombos, ralando o joelho, e ele corria até mim para me levantar do chão na calçada, da rua do Lirismo, na Moóca, onde eu passava grandes finais de semana com meus primos, até eu conseguir me equilibrar nas duas rodas, e eu consegui. aprendi a gostar de jogar bola com ele (e gosto até hoje); aprendi a empinar pipas, fazer rabióla, mas a minha pipa não tinha cerol só a do meu primo que ficava cortando a pipa dos meninos da outra rua e ficava protegendo a minha para não cortarem, nos domingos a tarde. Aprendi a pescar, andar de patins, o modelo antigo e o mais novo, jogávamos vídeo game, super nintendo, e foi ele que me deu. tinha ataques de riso a noite, quando estávamos deitados, porque ele ficava me contando histórias engraçadas e eu acordava a minha avó e minha tia porque não conseguia parar de rir, a noite eu tinha medo de ir ao banheiro sozinha e ele me levava até lá, me esperava na porta e voltávamos para o quarto. Iamos comprar roupas, digo que é o melhor companheiro. Beber um copo de vinho quando se é criança para acompanhar o seu pai na cerveja, eu que pedia. Em um natal com o meu primo, tinhamos uns nove anos, quase matamos uma garrafa de champangne, e ele não nos puniu, bebeu com a gente também, levar eu e o Diego para almoçar e jantar e fazer "cachorro louco" (melhor nem comentar...) e eu ficava nervosa. Andar na garupa da moto dele, ter medo da luva que ele usava na moto. ter cabelos lisos, olhos puxados, ter um ar de ironismo, meu lado dramático, poder dizer que já tive raiva, resolvi não falar mais, mas depois perceber como é importante a presença de pai na vida da gente, ele representa o lado social da vida, meu pai representou muitas coisas pra mim, ele é a única pessoa que eu consigo ouvir de verdade. E depois de alguns anos quando a vida vai esclarecendo as verdades, hoje consigo entender meu pai, e como eu sempre digo não importa o que já se foi, passado é passado, mas eu sei que sempre que eu precisar ele deixará uma luz acesa para mim. Feliz dia dos pais, ao meu pai, Antonio Carlos Pavan, meu Toninho.
Foi inesperado, mas que delícia passar o dia ao seu lado.

Um comentário:

Anônimo disse...

oi...você cresceu mas não mudou muito a fisionomia ...saudade de vocês!! beijos...Renato Bonini (o telefone é o mesmo viu?) rsss , espero que esteja tudo bem.