quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A Menina.

O sol demorou para se pôr.
A luz do dia estava forte, refletia em alguns pontos da rua, doirava as folhas das árvores.
A menina percebeu o quanto os passarinhos cantavam, era fim de tarde.
Sentada na porta de sua casa, observava que as pessoas estavam felizes, resolveu dar "oi",
para todos que passavam, alguns respondiam outros não...
Do outro lado da rua um cachorro de pêlos brilhantes, pela luz do sol, chamou a atenção daquela menina, os dois se fitaram.
A menina de cabelos finos e longos, soltos, onde o vento não deixava-os no lugar, e ela vibrada naquele cachorro, tirava o cabelo do rosto com um gesto apressado e agressivo, ela não conseguia parar de fitá-lo.
O cachorro sentou, mas não parou de olha-la também.
Os passarinhos que ela ouvia, vagarosamente foram abaixando o tom da cantoria.
Ela não podia atravessar a rua, sem permissão da sua mãe, ou da irmã mais velha que podia acompanhá-la, mas nem sempre fazia. Ela não podia se aproximar do cachorro, ela não quis chamá-lo até o seu encontro.
Escureceu.
A mãe dela chegou, pegou a no colo, e por alguns segundos ela desviou o olhar do cachorro, e ele foi embora, e nunca mais se quer voltou, para ver a menina.

Nenhum comentário: